TEORIA DAS SUPERCORDAS - As idéias que ela sustenta são melhores do que qualquer coisa que temos visto em ficção científica.
Brian Greene
sobre a teoria das cordas
Translated into Portuguese (Portugal) by Sérgio Lopes
http://www.ted.com/talks/lang/por_pt/brian_greene_on_string_theory....
Brian Greene, professor de física e matemática, da Universidade de Columbia é amplamente considerado por uma série de novas descobertas na teoria das supercordas. Ele é o autor de O Universo Elegante: Supercordas, dimensões ocultas e a Busca de Uma Teoria Definitiva.
ÉPOCA - Como o senhor resumiria a teoria das supercordas?
Brian Greene - Ela materializa o sonho de Albert Einstein de criar uma teoria única para explicar o Universo. No século XX, a Ciência desenvolveu duas teorias que funcionam como pilares da Física.
A teoria geral da relatividade, criada por Einstein, explica como a gravidade opera em grandes dimensões, em estrelas e galáxias. Já a mecânica quântica explica como as leis da Física operam no extremo oposto, nas subpartículas atômicas. Durante várias décadas, essas duas teorias só funcionavam nos próprios campos, o pequeno e o grande. Quando cientistas tentavam juntá-las - o que é indispensável, por exemplo, para entender o que se passa no centro de um buraco negro , as equações se estilhaçavam.
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ÉPOCA - Como as supercordas entram na história?
Greene - Elas surgiram como uma nova e fundamental entidade, a base para tudo o que existe no Universo. Já faz algum tempo que conhecemos os átomos e também as partículas subatômicas, como os elétrons, que giram ao redor dos núcleos, e os prótons, que integram o núcleo dos átomos. Conhecemos também algumas partículas subnucleares, como os quarks, que habitam os nêutrons e prótons. Mas é aí que o conhecimento convencional empaca. A teoria das supercordas diz que existe algo menor e mais fundamental: dentro dos quarks, da mais ínfima partícula subatômica, existe um filamento de energia que vibra como as cordas de um violino. E são os diferentes padrões de vibração dessas cordas que determinam a natureza de diferentes tipos de subpartículas. Isso permitiria unificar a teoria geral da relatividade com a mecânica quântica.
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ÉPOCA - Os últimos avanços na teoria das supercordas incluem um conceito altamente perturbador, a existência de 11 dimensões.
Greene - Para que essa teoria possa existir, ela requer que o Universo não tenha apenas as três dimensões com que estamos habituados. Os cientistas que adotam a teoria das supercordas trabalham com a possibilidade de que o Universo tenha entre dez e 11 das chamadas dimensões de espaço-tempo. É difícil de engolir, mas é o que a teoria prevê, de maneira consistente.
Greene - Para que essa teoria possa existir, ela requer que o Universo não tenha apenas as três dimensões com que estamos habituados. Os cientistas que adotam a teoria das supercordas trabalham com a possibilidade de que o Universo tenha entre dez e 11 das chamadas dimensões de espaço-tempo. É difícil de engolir, mas é o que a teoria prevê, de maneira consistente.
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ÉPOCA - Ela também prevê universos paralelos a nossa realidade, idéia que o senhor aborda em seu novo livro, O Tecido do Cosmos.
Greene - Todo o mundo enxerga claramente da direita para a esquerda, para a frente e para trás e para cima e para baixo. Cadê as outras dimensões? Uma das sugestões da teoria é que nós não conseguimos enxergá-las justamente porque precisamos da luz para ver. E pode ser que a luz seja capturada, como numa espécie de armadilha, apenas pelas três dimensões com as quais estamos acostumados. Gosto de comparar o Universo que conhecemos e enxergamos a uma fatia de pão. Mas todo o Universo, com suas realidades paralelas, poderia incluir as demais fatias de um mesmo pacote de pão de fôrma. E talvez tudo o que conhecemos e conseguimos enxergar aconteça apenas nessa nossa fatia de realidade iluminada pela luz, que não consegue viajar para as demais fatias do pacote.
Greene - Todo o mundo enxerga claramente da direita para a esquerda, para a frente e para trás e para cima e para baixo. Cadê as outras dimensões? Uma das sugestões da teoria é que nós não conseguimos enxergá-las justamente porque precisamos da luz para ver. E pode ser que a luz seja capturada, como numa espécie de armadilha, apenas pelas três dimensões com as quais estamos acostumados. Gosto de comparar o Universo que conhecemos e enxergamos a uma fatia de pão. Mas todo o Universo, com suas realidades paralelas, poderia incluir as demais fatias de um mesmo pacote de pão de fôrma. E talvez tudo o que conhecemos e conseguimos enxergar aconteça apenas nessa nossa fatia de realidade iluminada pela luz, que não consegue viajar para as demais fatias do pacote.
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ÉPOCA - Então clones de nós mesmos poderiam habitar esses universos paralelos?
Greene - Sim, mas não necessariamente. É possível também que as demais fatias desse pão nem contenham vida. O principal é que aquilo que durante muito tempo julgamos ser o Universo pode ser apenas um pedaço dele.
Greene - Sim, mas não necessariamente. É possível também que as demais fatias desse pão nem contenham vida. O principal é que aquilo que durante muito tempo julgamos ser o Universo pode ser apenas um pedaço dele.
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ÉPOCA - Como o senhor se sente tendo dedicado 20 anos de sua vida a essa teoria das supercordas, que ainda não tem nenhuma comprovação?
Greene - É um desconforto danado! Depois de tanto tempo e esforço, quero saber a verdade. E todos nós, os cientistas especializados nesse campo, temos uma necessidade premente de poder comprová-la ou derrubá-la com experimentos físicos observáveis. Nossa esperança é que isso aconteça na próxima década.
Greene - É um desconforto danado! Depois de tanto tempo e esforço, quero saber a verdade. E todos nós, os cientistas especializados nesse campo, temos uma necessidade premente de poder comprová-la ou derrubá-la com experimentos físicos observáveis. Nossa esperança é que isso aconteça na próxima década.
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ÉPOCA - A teoria poderia ser testada a partir de 2007, quando o maior acelerador de partículas do mundo, o Large Hadron Collider, ficará pronto, na Suíça. Que tipo de evidências poderia sair de lá?
Greene - Existe algo chamado supersimetria, um conceito que emerge das supercordas e sugere que, para cada subpartícula atômica conhecida, haja uma subpartícula complementar, simétrica. Essas partículas ainda desconhecidas deveriam ser mais pesadas que as conhecidas, o que faz com que elas necessitem de mais energia para ser criadas. É possível que o Large Hadron Collider seja um acelerador potente o bastante para provocar colisões subatômicas suficientemente fortes para gerar tais subpartículas. Esses experimentos seriam uma evidência indireta de que estamos no caminho certo. Outra possibilidade é que as colisões entre subpartículas altamente energizadas venham a produzir o que chamamos de grávitons, pequenas partículas da força da gravidade, que teoricamente são pequenas cordas na forma de um laço, sem extremidades. Se existirem, os grávitons poderiam escapar a nossas dimensões, pertencendo a outros universos - ou a outras fatias do pão.
Greene - Existe algo chamado supersimetria, um conceito que emerge das supercordas e sugere que, para cada subpartícula atômica conhecida, haja uma subpartícula complementar, simétrica. Essas partículas ainda desconhecidas deveriam ser mais pesadas que as conhecidas, o que faz com que elas necessitem de mais energia para ser criadas. É possível que o Large Hadron Collider seja um acelerador potente o bastante para provocar colisões subatômicas suficientemente fortes para gerar tais subpartículas. Esses experimentos seriam uma evidência indireta de que estamos no caminho certo. Outra possibilidade é que as colisões entre subpartículas altamente energizadas venham a produzir o que chamamos de grávitons, pequenas partículas da força da gravidade, que teoricamente são pequenas cordas na forma de um laço, sem extremidades. Se existirem, os grávitons poderiam escapar a nossas dimensões, pertencendo a outros universos - ou a outras fatias do pão.
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ÉPOCA - E se a teoria for derrubada?
Greene - Em primeiro lugar, nada garante que o Hadron Collider será potente o bastante para provar ou derrubar a teoria. Há quem pense que eu me sinto feliz ou aliviado com isso, o que não é verdade. Você acha que eu quero me dedicar a uma teoria equivocada? Se ela estiver furada, quero ser o primeiro a saber! É claro que eu ficaria bastante decepcionado, porque é uma teoria maravilhosa. As idéias que ela sustenta são melhores do que qualquer coisa que temos visto em ficção científica. Mas, se ela estiver errada, vou ficar de luto por uns dois dias e então voltar a trabalhar normalmente.
Greene - Em primeiro lugar, nada garante que o Hadron Collider será potente o bastante para provar ou derrubar a teoria. Há quem pense que eu me sinto feliz ou aliviado com isso, o que não é verdade. Você acha que eu quero me dedicar a uma teoria equivocada? Se ela estiver furada, quero ser o primeiro a saber! É claro que eu ficaria bastante decepcionado, porque é uma teoria maravilhosa. As idéias que ela sustenta são melhores do que qualquer coisa que temos visto em ficção científica. Mas, se ela estiver errada, vou ficar de luto por uns dois dias e então voltar a trabalhar normalmente.
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ÉPOCA - Como o senhor explica o conceito de matéria escura para o público leigo?
Greene - Trata-se de um tipo de matéria que não emite luz ou não responde a ela, daí seu nome. Mas existem evidências de que há uma boa quantidade desse troço escuro espalhado pelo Universo. Ainda que não possamos ver a matéria escura através da luz, podemos observá-la pela influência gravitacional que exerce. Podemos observar objetos sensíveis à luz e que sofrem o efeito da matéria escura. Mas existem explicações alternativas para os padrões excêntricos desses objetos. Talvez o que aconteça é que nós não entendemos direito como a gravidade funciona. Mas pessoalmente eu não acredito que essas alternativas sejam convincentes. Acredito na existência da matéria escura porque ela provém de diversas fontes de evidências cosmológicas.
Greene - Trata-se de um tipo de matéria que não emite luz ou não responde a ela, daí seu nome. Mas existem evidências de que há uma boa quantidade desse troço escuro espalhado pelo Universo. Ainda que não possamos ver a matéria escura através da luz, podemos observá-la pela influência gravitacional que exerce. Podemos observar objetos sensíveis à luz e que sofrem o efeito da matéria escura. Mas existem explicações alternativas para os padrões excêntricos desses objetos. Talvez o que aconteça é que nós não entendemos direito como a gravidade funciona. Mas pessoalmente eu não acredito que essas alternativas sejam convincentes. Acredito na existência da matéria escura porque ela provém de diversas fontes de evidências cosmológicas.
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ÉPOCA - De que maneira descobertas científicas em Astrofísica e Cosmologia afetam a vida das pessoas?
Greene - O primeiro passo para encontrar nosso lugar no Universo é conhecê-lo, saber do que é feito e de que maneira funciona.
Greene - O primeiro passo para encontrar nosso lugar no Universo é conhecê-lo, saber do que é feito e de que maneira funciona.
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ÉPOCA - Stephen Hawking diz que essas descobertas permitiriam à humanidade compreender a 'mente de Deus'. Mas quanto tempo será preciso para que a Ciência consiga ver a 'face de Deus' ou negar sua existência?
Greene - A Ciência não tem como provar ou negar a existência de Deus. Mas tem contribuído para responder a algumas perguntas que se fazem a ele, questões sobre como o Universo se formou. A Ciência não tem nada a dizer, e jamais terá, sobre a existência ou não de um Deus por trás disso tudo. Eu me pergunto até mesmo se há alguma porta dos fundos entre o cenário e os bastidores do que chamamos Universo. Talvez o filme Matrix sirva como uma boa imagem para isso. Nele, os personagens têm o cérebro estimulado para viver uma existência comum. Como podemos saber se isso não está acontecendo conosco agora mesmo? Em minhas entranhas não acredito nisso. E elas também me dizem que Deus não existe, mas não tenho como provar. Eu me sinto feliz com um Universo sem Deus, regido apenas pelas leis da Física, porque ela é tão rica e nos possibilita compreender tanto! Acredito também no valor da vida. Nesse sentido talvez eu seja um existencialista.
Greene - A Ciência não tem como provar ou negar a existência de Deus. Mas tem contribuído para responder a algumas perguntas que se fazem a ele, questões sobre como o Universo se formou. A Ciência não tem nada a dizer, e jamais terá, sobre a existência ou não de um Deus por trás disso tudo. Eu me pergunto até mesmo se há alguma porta dos fundos entre o cenário e os bastidores do que chamamos Universo. Talvez o filme Matrix sirva como uma boa imagem para isso. Nele, os personagens têm o cérebro estimulado para viver uma existência comum. Como podemos saber se isso não está acontecendo conosco agora mesmo? Em minhas entranhas não acredito nisso. E elas também me dizem que Deus não existe, mas não tenho como provar. Eu me sinto feliz com um Universo sem Deus, regido apenas pelas leis da Física, porque ela é tão rica e nos possibilita compreender tanto! Acredito também no valor da vida. Nesse sentido talvez eu seja um existencialista.
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ÉPOCA - O senhor concorda com a nova posição de Hawking sobre os buracos negros? Ele diz agora que a superfície de um buraco negro deixa escapar 'informação', ou seja, matéria e energia engolidas por ele.
Greene - Ainda não vi os cálculos de Hawking. Mas, durante vários anos, os especialistas em supercordas têm reunido argumentos próprios para acreditar que a informação não é perdida dentro dos buracos negros. Logo, acredito nos resultados de Hawking.
Greene - Ainda não vi os cálculos de Hawking. Mas, durante vários anos, os especialistas em supercordas têm reunido argumentos próprios para acreditar que a informação não é perdida dentro dos buracos negros. Logo, acredito nos resultados de Hawking.
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ÉPOCA - De que maneira a política interfere nas descobertas científicas de hoje, bancadas por governos de países ricos e suas universidades?
Greene - De forma limitada. Nos Estados Unidos, o governo federal determina o montante total a ser investido em Ciência, mas, a partir daí, o destino final do dinheiro é decidido por um sistema de especialistas e comissões que se atêm ao mérito científico dos projetos.
Greene - De forma limitada. Nos Estados Unidos, o governo federal determina o montante total a ser investido em Ciência, mas, a partir daí, o destino final do dinheiro é decidido por um sistema de especialistas e comissões que se atêm ao mérito científico dos projetos.
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ÉPOCA - O que o senhor acha do projeto do presidente Bush de enviar uma missão tripulada a Marte?
Greene - A idéia das missões tripuladas é excitante para o grande público. E reconheço que é importante manter as pessoas excitadas em relação à Ciência. Mas, do ponto de vista estritamente científico, é difícil entender as justificativas para isso. Com um orçamento muito menor seria possível, por exemplo, financiar mais sondas espaciais não-tripuladas, como as que têm visitado Marte e Saturno.
Greene - A idéia das missões tripuladas é excitante para o grande público. E reconheço que é importante manter as pessoas excitadas em relação à Ciência. Mas, do ponto de vista estritamente científico, é difícil entender as justificativas para isso. Com um orçamento muito menor seria possível, por exemplo, financiar mais sondas espaciais não-tripuladas, como as que têm visitado Marte e Saturno.
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ÉPOCA - Qual a importância delas?
Greene - Certamente essas duas missões, especialmente a enviada a Marte, podem esclarecer mistérios sobre as condições necessárias ao desenvolvimento da vida e de que maneira o sistema solar se formou. Muito mais importantes, entretanto, são as coisas que podemos aprender e que nenhum de nós ainda conseguiu antecipar a respeito dessas duas missões. São problemas que ainda não foram sequer formulados.
Greene - Certamente essas duas missões, especialmente a enviada a Marte, podem esclarecer mistérios sobre as condições necessárias ao desenvolvimento da vida e de que maneira o sistema solar se formou. Muito mais importantes, entretanto, são as coisas que podemos aprender e que nenhum de nós ainda conseguiu antecipar a respeito dessas duas missões. São problemas que ainda não foram sequer formulados.
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ÉPOCA - O que o senhor acha de ser comparado ao cientista Carl Sagan, que nos anos 70 e 80 estrelava o seriado de TV Cosmos?
Greene - Fico lisonjeado, porque cresci assistindo aos programas dele e boa parte da minha inspiração em me tornar um cientista veio do Sagan. Recebi mais de 16 mil e-mails desde que meus programas estrearam na TV. A maior parte é enviada por garotos.
Greene - Fico lisonjeado, porque cresci assistindo aos programas dele e boa parte da minha inspiração em me tornar um cientista veio do Sagan. Recebi mais de 16 mil e-mails desde que meus programas estrearam na TV. A maior parte é enviada por garotos.
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ÉPOCA - Em que projetos o senhor está envolvido?
Greene - Quero me aprofundar nos aspectos cosmológicos das supercordas. Além disso, estou trabalhando com o Lincoln Center num projeto de encenação teatral que deverá estrear em 2005. Combina a teoria das supercordas com um concerto de cordas.
Greene - Quero me aprofundar nos aspectos cosmológicos das supercordas. Além disso, estou trabalhando com o Lincoln Center num projeto de encenação teatral que deverá estrear em 2005. Combina a teoria das supercordas com um concerto de cordas.
Entrevista com Brian Greene na Revista Época
Escrito por Brian Greene
Sáb, 13 de Dezembro de 2008
EXTRAÍDO DE: Portal Órion.
http://www.orion.med.br/portal/index.php?option=com_content&vie...
Escrito por Brian Greene
Sáb, 13 de Dezembro de 2008
EXTRAÍDO DE: Portal Órion.
http://www.orion.med.br/portal/index.php?option=com_content&vie...
Brian Greene
Brian Greene (nascido em 9 de Fevereiro de 1963) é um físico estadunidense, professor da Universidade de Columbia e um dos grandes especialistas da Teoria das cordas.
Biografia
Nascido em Nova Iorque, Greene foi um menino prodígio em Matemática. A partir dos doze anos passou a ter lições particulares com um professor da Universidade de Columbia, visto dominar já a matemática do ensino secundário.
Ingressou em Harvard em 1980 para estudar Física. Tendo concluído o bacharelado, foi para Oxford como Rhodes Scholar para concluir o doutoramento. Entrou na Universidade de Columbia em 1996, onde é professor desde 2003. Atualmente é co-diretor do Columbia's Institute for Strings, Cosmology, and Astroparticle Physics (Instituto de Cordas, Cosmologia e Física de Partículas da Universidade de Columbia) (ISCAP) e lidera um programa de pesquisas da aplicação da teoria das supercordas em questões cosmológicas.
Suas atividades para o público em geral incluem palestras (técnicas e gerais) em mais de 25 países, dois livros de divulgação científica (ver abaixo) e aparições na televisão (CNN, Time, David Letterman, etc). Ele é vegano.
Bibliografia (em Português)
* O Universo elegante: Supercordas, dimensões ocultas e a busca da teoria definitiva; 2001; Companhia das Letras; ISBN 8535900985. Versão original: The Elegant Universe: Superstrings, Hidden Dimensions, and the Quest for the Ultimate Theory; 2000; Vintage; ISBN 0375708111.
É uma popularização da Teoria das cordas e da teoria M. Foi finalista do Prêmio Pulitzer em não ficção e vencedor do The Aventis Prizes for Science Books em 2000. O livro fala sobre como as Variedades Calabi-Yau, assim como os pontos multi-dimensionais (11D, 16D, 26D) podem nos fazer compreender o espaço-tempo. Posteriormente, o livro gerou um programa especial em três partes pela PBS com Greene como narrador.
O Tecido do Cosmo
* O Tecido do Cosmo: O espaço, o tempo e a textura da realidade; 2005; Companhia das Letras; ISBN 8535907599. Versão original: The Fabric of the Cosmos : Space, Time, and the Texture of Reality; 2005; Vintage; ISBN 0375727205.
Trata sobre o espaço, tempo e a natureza do universo. Usando de personagens da cultura pop (como Os Simpsons e Arquivos X), o livro trata de assuntos da física moderna, como a não-localidade do emanharamento das partículas e seu relacionamento com a relatividade especial e explicações básicas da teoria das cordas. É um exame da natureza íntima da matéria e realidade, cobrindo tópicos como espaço-tempo e cosmologia, origens e unificação, e finalmente possíveis aplicações das teorias mais recentes - como buracos de verme e viagens no tempo.
EXTRAÍDO DE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Brian_Greene
O Tecido do Cosmo
* O Tecido do Cosmo: O espaço, o tempo e a textura da realidade; 2005; Companhia das Letras; ISBN 8535907599. Versão original: The Fabric of the Cosmos : Space, Time, and the Texture of Reality; 2005; Vintage; ISBN 0375727205.
Trata sobre o espaço, tempo e a natureza do universo. Usando de personagens da cultura pop (como Os Simpsons e Arquivos X), o livro trata de assuntos da física moderna, como a não-localidade do emanharamento das partículas e seu relacionamento com a relatividade especial e explicações básicas da teoria das cordas. É um exame da natureza íntima da matéria e realidade, cobrindo tópicos como espaço-tempo e cosmologia, origens e unificação, e finalmente possíveis aplicações das teorias mais recentes - como buracos de verme e viagens no tempo.
EXTRAÍDO DE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Brian_Greene
A Teoria das Supercordas e a Dimensão Psi
(A Física Quântica em Busca da Partícula Divina)
(A Física Quântica em Busca da Partícula Divina)
Teoria que vem ao encontro da existência de uma "partícula divina consciencial" no final da escala das partículas subatômicas, é a teoria_das_supercordas. Essa teoria foi melhorada e é defendida por um dos físicos teóricos mais respeitados da atualidade Edward Witten, professor do Institute for Advanced Study em Princeton, EUA.
De maneira bastante simples e resumida, a teoria das supercordas postula que os quarks, mais ínfima partícula subatômica conhecida até o momento, estariam formados por "supercordas" que, de acordo com sua vibração, dariam a "tonalidade" específica ao núcleo atômico a que pertencem, dando assim as qualidades físico-químicas da partícula em questão.
Querer imaginá-las é como tentar conceber um ponto matemático: é impossível, por enquanto. Além disso, são inimaginavelmente pequenas. Para termos uma idéia:
- o planeta Terra é dez a vinte ordens grandeza menor do que o universo,
- e o núcleo atômico é dez a vinte ordens de grandeza menor do que a Terra.
- Pois bem, uma supercorda é dez a vinte ordens menor do que o núcleo atômico.
Em O Livro dos Espíritos, item 30: A matéria é formada de um só elemento primitivo. Os corpos que considerais simples não são verdadeiros elementos, são transformações da matéria primitiva.
Ou seja, é a vibração dessas infinitesimais "cordinhas" que seria responsável pelas características do átomo a que pertencem. Conforme vibrem essas "cordinhas" dariam origem a um átomo de hidrogênio, hélio e assim por diante, que por sua vez, agregados em moléculas, dão origem a compostos específicos e cada vez mais complexos, levando-nos a pelo menos 11 dimensões.
Em O Livro dos Espíritos, item 79: Pois que há dois elementos gerais no Universo:
- o elemento inteligente
- e o elemento material.
Poder-se-á dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do elemento material.
- Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente,
- como os corpos são a individualização do princípio material.
Em O Livro dos Espíritos, item 64: Vimos que o Espírito e a matéria são dois elementos constitutivos do Universo. O princípio vital é um terceiro e um dos elementos necessários à constituição do Universo, mas que também tem sua origem na matéria universal modificada. É, para vós, um elemento, como o oxigênio e o hidrogênio, que, entretanto, não são elementos primitivos, pois que tudo isso deriva de um só princípio.
Essa teoria traz a ilação de que tal tonalidade vibratória fundamentada, é dada por algo ou alguém, de onde abstraímos a "consciência" como fator propulsor dessas cordas quânticas. Assim sendo, isso ainda mais nos faz pensar numa unidade consciencial vibrando a partir de cada objeto, de cada ser.
Complementa Kardec em O Livro dos Espíritos:
- *item 615: A lei do CRIADOR é eterna e imutável como o próprio CRIADOR.
- *item 615: A lei do CRIADOR está escrita na consciência.
Seguindo esta teoria e embarcando na idéia lançada por André Luiz em Evolução_em_Dois_Mundos, onde somos co-criadores dessa consciência universal, e cada vez mais responsáveis por gerir o estado vibracional das nossas próprias "cordinhas" - a chamada dimensão PSI por vários investigadores espíritas - à medida que delas nos conscientizemos, chegaremos a harmonia perfeita quando realmente entrarmos em sintonia com a consciência geradora que está em nós, e também no todo, vulgarmente conhecida por Deus, ou como alguns físicos teóricos sustentam "O Supremo Agente Estruturador".
Em O Livro dos Espíritos, item 5: A dedução que se pode tirar do sentimento_instintivo, é que todos os homens trazem em si, da existência de Deus, é a de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma conseqüência do princípio - não há efeito sem causa.
Em O Livro dos Espíritos, item 7: Poder-se-ia achar nas propriedades íntimas da matéria a causa primária da formação das coisas.
Interpretemos Allan Kardec em A Gênese - Cap. II - A Providência 20: A providência é a solicitude do CRIADOR para com as suas criaturas. Ele está em toda parte, tudo vê, a tudo preside, mesmo às coisas mais mínimas. É nisto que consiste a ação providencial.
«Como pode O CRIADOR, tão grande, tão poderoso, tão superior a tudo, imiscuir-se em pormenores ínfimos, preocupar-se com os menores atos e os menores pensamentos de cada indivíduo ?»
Esta a interrogação que a si mesmo dirige o incrédulo, concluindo por dizer que, admitida a existência de Deus, só se pode admitir, quanto à sua ação, que ela se exerça sobre as leis gerais do Universo; que este funcione de toda a eternidade em virtude dessas leis, às quais toda criatura se acha submetida na esfera de suas atividades, sem que haja mister a intervenção incessante da Providência.
Esta consciência única do raciocínio quântico, transforma-se em dois elementos: um objetivo e outro subjetivo. O subjetivo chamamos de ser quântico, universal, indivisível. A individualização desse ser é conseqüência de um condicionamento. Esse ser quântico é a maneira como pensamos em Deus-PAI, que é o ser criador dentro de nós.
Voltemos ao gênio de Lyon em A Gênese - Cap. II - A Providência, 34: Sendo Deus a essência divina por excelência, unicamente os Espíritos que atingiram o mais alto grau de desmaterialização o podem perceber. Pelo fato de não o verem, não se segue que os Espíritos imperfeitos estejam mais distantes dele do que os outros; esses Espíritos, como os demais, como todos os seres da Natureza, se encontram mergulhados no fluido divino, do mesmo modo que nós o estamos na luz.
Geralmente, nós interpretamos Deus-PAI como algo unicamente externo. Pensamos em Deus como um ser separado de nós. Isso é a causa dos conflitos. Se Deus também está dentro de nós, podemos mudar por nossa própria vontade. Mas se acreditamos que Deus está exclusivamente do lado de fora, então supomos que só Ele pode nos mudar e não nos transformamos pela nossa própria vontade. Não podemos excluir a nossa vontade, dizendo que tudo ocorre pela vontade de Deus. Temos de reconhecer o deus que há em nós, como afirmou o Doce Amigo há 2000 anos. Então seremos livres.
Allan Kardec atesta In A Gênese - Cap. II - A Providência, 24: (...) Achamo-nos então, constantemente, em presença da Divindade; nenhuma das nossas ações lhe podemos subtrair ao olhar; o nosso pensamento está em contacto ininterrupto com o seu pensamento, havendo, pois, razão para dizer-se que Deus vê os mais profundos refolhos do nosso coração. Estamos nele, como ele está em nós, segundo a palavra do Cristo.
Para estender a sua solicitude a todas as criaturas, não precisa o CRIADOR lançar o olhar do Alto da imensidade. As nossas preces, para que ele as ouça, não precisam transpor o espaço, nem ser ditas com voz retumbante, pois que, estando de contínuo ao nosso lado, os nossos pensamentos repercutem nele.
http://www.espirito.org.br/portal/artigos/geae/a-fisica-quantica.htm l
Não vou entrar aqui em detalhes desta relativa nova Teoria da estrutura do Cosmos. Se você a desconhece, sugiro que leia o interessante conteúdo do seguinte link:http://pt.wikipedia.org/wiki/Teoria_das_cordas. O que pretendo explicar aqui, ou tentar mostrar é que, tudo que existe no universo, palpável e não palpável, pode estar unido por "cordas" invisíveis. Desta forma, quando você caminha por uma rua, estaria conectado com um amigo ou com sua sua namorada, mesmo que ela estivesse a quilômetros de distância. Atualmente, usamos celular para falar com eles, mas isso seria uma questão apenas de tempo e tecnologia.
Esta ideia não nasceu de mim, mas procuro desenvolvê-la e me aprofundar nas suas possibilidades, mostrando que pode ser perfeitamente real. Isso explicaria porque algumas pessoas veem coisas distantes, sentem perfumes, ouvem sons etc. Quantas vezes você mesmo já pensou em telefonar para uma determinada pessoa e esta liga pra você naquele instante? Como pode uma "vidente" honesta ver o que você carrega dentro de uma caixa ou mesmo saber de coisas que só você presenciou? Quantas vezes você já passou por aquela sensação de que "...mas eu ja vivi isso, sei o que vai acontecer em seguida..." e as coisas acontecem?
Muitas pessoas possuem este sexto-sentido que eu chamaria de "televisão", nada a ver com o aparelho ou ao sistema de transmissão de sons e imagens, mas um sentido que algumas pessoas teriam desenvolvido para ter acesso a eventos à distância. Acredito que qualquer pessoa poderia desenvolver essa possibilidade e não este dom como podem denominar alguns.
O mais incrível que este poder de se deslocar por aí tendo acesso a outros fatos pode ir mais longe do que imaginamos. O leitor que chegou até aqui já deve ter ouvido falar da Interpretação de Copenhague ou da Teoria dos Muitos Mundos, caso desconheça ou tenha interesse, o link é este:http://ciencia.hsw.uol.com.br/quantum-suicidio3.htm.
Resumidamente, podemos dizer que o "todo" é composto por vários universos. Simplificando, você poderia estar agora realmente lendo este artigo e um clone de você dentro de um clone deste universo estaria pescando. Creio eu, com base em fatos que não cabe aqui expor, que isso seja realmente possível e mais ainda, estes universos podem estar com alguma defasagem de tempo.
Mas voltando à Teoria das Cordas que não ligaria apenas estrelas e galáxias, mas pessoas podem fazê-lo em tempos diferentes, ou seja, seria possível uma pessoa acessar estas informações, imagens, sons etc de coisas do passado, mas que estariam ocorrendo "ao vivo" neste momento em um clone do nosso universo, claro que com um atraso de alguns anos.
Da mesma forma, alguém num universo atrasado, poderia acessar universos futuros, sem viajar no tempo, e sim viajar no espaço interdimensional. Talvez isso explique porque certos profetas, especialmente Nostradamus, são tão conhecidos por suas visões do futuro. Noutra oportunidade, falarei mais sobre esta possibilidade de vermos outros universos paralelos ou tangentes.
http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=23340
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