IMPRESSIONANTE 
 
Um Raio me Atingiu e Eu estive Morta!
TESTEMUNHO DE GLORIA POLO   
Extraído de uma das entrevistas feitas à Dra. Gloria Polo na Rádio Maria (Colômbia). http://www.gloriapolo.com 
  
Irmãos! Realmente é muito lindo poder estar aqui compartilhando esse  maravilhoso presente que o Senhor me deu há mais de 10 anos. Isso  aconteceu em 8 de maio de 1995 na Universidade Nacional de Bogotá. Eu e  um sobrinho estávamos nos especializando em odontologia e tínhamos que  buscar uns livros na Faculdade de Odontologia numa sexta-feira à tarde.  Meu esposo estava conosco. Estava chovendo muito forte, eu e meu sobrinho estávamos debaixo de um  pequeno guarda-chuva e meu esposo tinha sua jaqueta impermeável e se  aproximou da parede da Biblioteca Geral, e nós, enquanto saltávamos as  poças d'água, sem perceber nos aproximamos de umas árvores. Quando fomos  saltar uma grande poça, caiu um raio sobre nós. Nos deixou carbonizados  e meu sobrinho faleceu ali. Ele era um rapaz, apesar da pouca idade, muito entregue ao Senhor e  era muito devoto do Menino Jesus. Ele usava uma medalhinha do Menino  Jesus no peito, dentro de uma moldura de cristal. Segundo o laudo, o  raio entrou através da medalha e atingiu-lhe o coração, queimando-o por  dentro e saindo pelo pé, mas por fora ele não se carbonizou, nem se  queimou. Por outro lado, o raio entrou em mim pelo braço, me queimou de forma espantosa todo o meu corpo, por  fora e por dentro. Isso que estão vendo aqui, este corpo reconstituído, é  misericórdia de Nosso Senhor. Fui carbonizada, fiquei sem seios,  praticamente me desapareceu toda minha carne e minhas costelas, o  ventre, as pernas... o raio saiu pelo meu pé direito, me carbonizou o  fígado, se queimaram os rins, os pulmões... Eu usava DIU, de maneira que o T de cobre, bom condutor elétrico, me  carbonizou, me pulverizou os ovários, tive uma parada cardíaca, fiquei  ali, sem vida, meu corpo pulava por causa da eletricidade que ficou por  todo este local. Mas vejam, esta é só a parte física. A parte mais  bonita, a parte mais linda, é que enquanto meu corpo estava ali  carbonizado, eu, neste instante, me encontrava dentro de um lindo túnel branco, era uma delícia, uma paz, uma felicidade que não  há palavras humanas para descrever a grandeza deste momento, era um  êxtase imenso, eu ia muito feliz, nada me pesava dentro deste túnel,  olhei ao fundo desse túnel e havia como um sol, uma luz lindíssima. Eu  digo que é branco para colocar uma cor, mas nenhuma das cores é  comparável humanamente a essa luz maravilhosa. Eu sentia a fonte de todo esse Amor, dessa paz... 
Quando eu vou subindo, digo...  "Quarta-feira! Eu morri!" E nesse  instante penso nos meus filhos e digo: "Ai meu Deus, meus filhos! O que  vai ser deles? Essa mãe tão ocupada, nunca teve tempo para eles." Aí me  dou conta da minha realidade de vida e me sinto triste. Saí de minha  casa para transformar o mundo e meu lar, meus filhos, pareciam demais  para mim.
Neste instante de vazio pelos meus filhos, dou uma olhada e vejo algo  belo... Meu corpo já não estava nas medidas de tempo nem de espaço  daqui da Terra, e vi todas as pessoas num mesmo instante, num mesmo  momento, todas as pessoas, as vivas e as mortas e abracei os meus  bisavós. Abracei meus pais que já haviam falecido, abracei a todos e foi  um momento pleno e maravilhoso. Aí me dei conta de que havia caído por terra a teoria da reencarnação e eu via meu  avô, meu bisavô, eles me abraçaram por um momento e encontrei com todas  as pessoas que tiveram a ver comigo em minha vida, em todo lugar, ao  mesmo instante. Só minha filha de 9 anos (que estava viva) que se  assustou quando a abracei, ela sim sentiu meu abraço. Não havia passado  nada de tempo nesse momento tão lindo, e que maravilha estar sem o corpo! Já não via as coisas como  antes, quando só olhava se alguém era gordo, ou magro, ou feio, ou  negro, sempre olhando com critérios. Não era assim quando não tinha meu  corpo humano. Eu podia ver o interior das pessoas, como é lindo poder  ver o interior das pessoas! Ver nelas seus pensamentos, seus  sentimentos. Abracei a todos em um instante e, no entanto, eu continuava subindo e subindo, cheia de alegria. Quando senti  que ia desfrutar de uma vista fantástica onde havia no fundo um lago  belíssimo, neste mesmo instante, ouço a voz do meu esposo, ele chora e  com um grito profundo e cheio de sentimento me grita: "O que aconteceu?  Gloria! Por favor, não se vá! Volte, Gloria! As crianças, Gloria! Não  seja covarde!" Neste instante, dou uma olhada como que global e o vejo chorando, com muita dor e então o Senhor  me concede regressar. Eu não queria vir, de tanta alegria, paz e  felicidade. Então, comecei a descer devagar, buscando meu corpo e me  encontrei sem vida. Meu corpo estava na maca da enfermaria da  Universidade Nacional de Enfermagem, via como os médicos davam choques  elétricos em meu coração para me salvar da parada cardíaca. Durante duas horas e meia fiquei ali jogada, porque não  podiam nos levar dali porque "lhes passávamos corrente" a todo mundo,  até que finalmente deixamos de "passar corrente" e puderam nos atender.  Começaram a me reanimar. Eu cheguei e pus os meus pés aqui no topo de  minha cabeça e com violência uma faísca entrou  em mim. Eu entrei no meu  corpo, me doeu muito entrar e senti que saíam faíscas por todos os lados. Eu sentia  encapsular-me nisto "tão pequenininho". E a dor que sentia, minha carne  queimava, como me doía! Saía fumaça e vapor. E a dor mais terrível, a  dor de minha vaidade. Eu tinha critérios para tudo, era uma mulher  executiva, era a intelectual, a estudante, a escravizada pelo corpo,  escrava da beleza e da moda: 4 horas diárias de exercícios aeróbicos. Escravizada para ter um corpo bonito. Massagens, dietas,  bem... de tudo o que possam imaginar, essa era minha vida. Uma rotina de  escravidão por um belo corpo. E eu dizia: Bem...se tenho seios bonitos é  para mostrar, assim como minhas pernas, porque sentia que tinha pernas  esculturais, assim como os seios, e num instante via tudo com horror.  Toda uma vida cuidando do corpo. Isso era o centro da minha vida, o amor  ao meu corpo.  E já não havia corpo. Nem seios. Havia uns buracos  impressionantes em todo o seio esquerdo, estava praticamente  desaparecido, e minhas pernas, era o mais terrível, havia pedaços vazios  e sem carne, tudo preto, carbonizado...
Dali me levaram ao Seguro Social, rapidamente me operaram e começaram  a raspar todos os meus tecidos queimados. Quando estou anestesiada,  volto a sair do meu corpo. Estava olhando o que faziam os médicos com o  meu corpo. Estava preocupada com minhas pernas. De repente aconteceu  algo terrivelmente horroroso. Porque conto a vocês, irmãos, eu fui uma  "Católica Dietética" durante toda a minha vida. Minha relação com o  Senhor era uma eucaristia aos domingos, em missas de 25 minutos, onde o  padre falasse menos, porque que desespero e que angústia! Essa era minha  relação com Deus. E como essa era a relação que eu tinha com Deus,  todas as correntes do mundo me arrastavam como um cata-vento, a ponto de  que quando já estava me especializando nos estudos, o mundo me dizia  que o inferno não existia, que os diabos não existiam. Medo? Quem disse?  Mas vergonhosamente confesso que a única coisa que me mantinha na  igreja era o medo do diabo. Quando me diziam que não existe, que luta! E  eu dizia: "Bem...Todos vamos para o Céu, não importa como somos."  Então, isso terminou afastando-me de uma vez do Senhor. O pecado não  ficou só em mim e começo a piorar ainda mais minha relação com o Senhor.  Começo a dizer a todo mundo que os demônios não existem, que são  invenção dos padres, que são manipulações. Com meus companheiros da  Nacional, comecei a acreditar no conto de que Deus não existia e que  éramos produto da evolução. Vejam, quando me vejo neste instante, que  susto terrível! Vejo uns demônios que vêm buscar seu pagamento: Eu!  Nesse instante, começo a ver como da parede do centro cirúrgico começam a  brotar muitíssimas pessoas. Aparentemente pessoas comuns, mas com um  olhar de ódio tão grande, um olhar espantoso, e me dou conta que neste  instante que em meu corpo há uma sabedoria especial e percebo que devo  algo a todos eles, que o pecado não foi grátis e que a principal infâmia  e mentira do demônio foi dizer que não existia, e vejo que vêm ao meu  encontro e começam a me rodear e querem me levar. Vocês façam idéia do  susto, do terror que senti. Essa mente científica e intelectual já não  me servia de nada. Eu caía ao chão, tentava voltar para dentro do meu  corpo, mas minha carne não me recebia. Neste susto tão terrível, saí  correndo e não sei em que instante atravessei a parede do centro  cirúrgico. Eu pretendia me esconder pelos corredores do hospital, mas  quando passei pela parede do centro cirúrgico... "zas", dei um salto no  vazio...
Entrei por uma quantidade de túneis que vão para baixo. No princípio  tinham luz e eram luzes como colméias de abelhas, onde havia muitíssima  gente. Mas eu vou descendo e a luz vai se perdendo e começo a andar nos  túneis de trevas espantosas e quando chego a umas trevas, essas não se  coparam com as trevas que conhecemos. Imagine que o mais escuro do  escuro que conhecemos se parece à luz de meio-dia comparado a essas trevas que vi. Não se pode comparar.  Elas mesmas ocasionam dor, horror, vergonha e cheiram mal. E eu termino  essa descida por entre todos os túneis e chego desesperada a uma parte  plana... Essa vontade de ferro que eu dizia que tinha, onde me sentia  capaz de tudo, já não me servia de nada. Eu queria subir, mas não podia,  e estava ali. Vejo como nesse piso se abre uma boca enorme e sinto um vazio impressionante em meu corpo, um  abismo ao fundo inenarrável, porque o mais espantoso desse oco era que  não se sentia nem um pouco o Amor de Deus, nem uma gota de esperança e  esse oco tem algo que me suga para dentro e eu grito aterrorizada. Eu  sabia que se entrasse aí, minha alma estaria morta. Esse horror era tão  grande e quando estou entrando, algo me sustenta pelos pés. Meu corpo entrou neste oco, mas  meus pés estavam sustentados para cima. Foi um momento muito doloroso e  terrível. Vejam só... Meu ateísmo ficou pelo caminho e comecei a gritar:  "Almas do purgatório! Por favor, me tirem daqui!" Quando eu estava  gritando, foi um momento de uma dor imensa, porque me dou conta de que  aí se encontram milhares e milhares de pessoas neste oco, sobretudo jovens, e com dor me dou conta  que começo a escutar ranger de dentes, com uns gritos e lamentações que  me estremeciam.  Muitos anos me custaram  para assimilar isso, porque eu  me punha a chorar cada vez que me lembrava do sofrimento destas  pessoas, e percebo que ali estavam todas as pessoas que em um segundo de  desespero se haviam suicidado e estavam nestes tormentos com todas as coisas que ai se encontravam,  mas o mais terrível destes tormentos é a ausência de Deus. Não se sentia  o Senhor. Nessa dor, começo a gritar: "Quem se equivocou? Olhem como  sou santa! Jamais roubei, eu nunca matei, eu fazia compras para os  pobres, eu extraía dentes de graça ajudando os que necessitavam. O que  faço aqui? Eu ia à Missa aos domingos, apesar de que me considerasse atéia, nunca faltei, se faltei  cinco vezes à Missa em toda a minha vida foi muito. Eu era alma que  sempre ia à Missa. E o que faço aqui? Eu sou católica, por favor, eu sou  católica, tirem-me daqui!" Quando estou gritando que sou católica, vejo  uma pequena luz. Entendam que uma luz nestas trevas é o maior presente  que alguém poderia receber. Vejo umas escadas por cima deste oco, vejo meu pai, que havia falecido cinco anos  atrás, ele estava quase atrás do oco, tinha um pouquinho de luz e quatro  degraus mais acima vejo minha mãe, com muito mais luz e numa posição de  oração. Quando os vi me deu uma alegria tão grande e comecei a gritar:  "Paizinho, mãezinha, por favor, me tirem daqui, eu suplico, me tirem  daqui!" Quando eles baixaram a vista e meu pai me viu ali... se houvessem visto que dor tão grande eles  sentiram; neste lugar podemos sentir os sentimentos dos outros, podemos  'ver' essa parte e 'vi' essa dor tão grande. Meu pai começou a chorar e  colocava as mãos na cabeça e tremia: "Minha filha, minha filha!" E  minha mãe orava, então percebo que eles não podem me tirar dali e a dor  que me inundava era sentir a dor que eles sentiam e estavam compartilhando essa dor comigo. Começo a gritar de  novo: "Por favor, vejam, me tirem daqui, eu sou católica! Quem se  enganou? Por favor, me tirem daqui!" E quando estou gritando pela  segunda vez, se escuta uma voz, é uma voz doce, é uma voz que quando a  escuto, se estremece toda a minha alma, e tudo se inundou de amor e de  paz, e todas estas criaturas saíram apavoradas, porque elas não resistem ao Amor, nem à paz e eu sinto essa  paz, e essa voz me diz: "Muito bem, se você é católica, diga-me os dez  mandamentos da lei de Deus."
E que golpe tão horrível! Ouviram? Eu sabia que eram dez, mas daí em  diante, nada! "Quarta-feira! O que vou fazer aqui?" Minha mãe sempre me  falava do primeiro mandamento de Amor. Finalmente me serviu para alguma  coisa. Vamos ver como me sairei dessa, pensava... Tomara que não se  lembrem dos demais mandamentos. Pensava em manipular a situação, como  sempre costumava fazer por aqui, eu sempre tinha resposta para tudo, tinha a desculpa perfeita,  e sempre me justificava e me defendia de tal maneira que ninguém  perceberia o que eu não sabia. Então começo a dizer: "O primeiro: amar a  Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo"... "Muito bem"  - e me dizem: "Você O tem amado?" E eu digo: "Sim, eu sim, eu sim!" E é  quando me dizem: "Não!" Vejam, quando me disseram "não!", aí sim senti a corrente elétrica daquele  raio, porque eu não percebi em que parte me havia caído o raio, não  sentia nada, e me dizem: "Não! Você não tem amado ao seu Senhor sobre  todas as coisas, e muitíssimo menos ao seu próximo como a você mesma.  Você fez um deus e o acomodou à sua vida só nos momentos de necessidade!  Você se prostrava diante Dele quando era pobre, quando sua família era humilde, quando queria se  tornar uma profissional! Aí sim todos os dias você rezava, e se  prostrava tempos inteiros, horas inteiras suplicando ao seu Senhor!  Orando e pedindo para que Ele a tirasse dessa pobreza e permitisse que  fosse uma profissional , que fosse alguém! Quando tinha necessidade, ou  queria dinheiro, então rezava um Rosário ao Senhor. Essa era a relação que você tinha com o Senhor!" Eu via ao meu Senhor de  verdade com tristeza. Comento que minha relação com Deus era de 'caixa  automático'. Rezava um Rosário e tinha que aparecer dinheiro, essa era  minha relação com Ele. E me mostram, tão logo o Senhor me permitiu que  tivesse uma profissão, que começo a ter um nome e começava a ganhar  dinheiro, então o Senhor já me parecia "pequenininho", e já comecei a ficar orgulhosa, nem sequer  expressava uma mínima relação de amor com o Senhor. Ser agradecida?  Jamais! Nem sequer abria os olhos dizendo... 'Senhor, obrigada por este  dia, obrigada por minha saúde, pela vida dos meus filhos, pela minha  casa, coitadinhos dos que não tem casa, nem comida, Senhor!' Nada. Era  muito mal agradecida. E a voz seguia dizendo... "Fora isso, você pos o Senhor num nível tão baixo, que  acreditava mais em Mercúrio e Vênus para ter sorte, andava cegada pela  astrologia, dizendo que os astros conduziam a sua vida. Começou a andar  em todas as doutrinas que o mundo oferecia. Começou a acreditar que  simplesmente você morria e voltava para recomeçar. Você se esqueceu da  'Graça!', que havia custado um preço de sangue ao seu Senhor." Me fazem um exame dos Dez Mandamentos. Mostram-me  que eu dizia que adorava, que amava a Deus com minhas palavras, mas na  verdade eu adorava a Satanás. Porque em meu consultório chegava uma  senhora que fazia 'mandingas', e eu dizia... 'Eu não acredito nisso, mas  pode fazer, porque se não fizer bem, mal tampouco fará.' E ela começava  a fazer suas 'mandingas' para dar boa sorte. Ela havia posto num canto onde não se  podia ver uma penca de aloés com uma ferradura para afastar as más  energias.
Olhem tudo isso, que vergonhoso! Fazem uma análise da minha vida  sobre os dez mandamentos, me mostram como atuei com o próximo, como  dizia a Deus que o amava quando ainda não havia me afastado Dele, quando  ainda não havia começado a andar no ateísmo eu dizia: "Meu Deus, eu te  amo!" Mas com essa mesma língua que eu louvava o Senhor, com essa mesma  língua eu falava mal de todo mundo, criticava, apontava com o dedo, sempre a 'santa Gloria', e  me mostravam que eu dizia que amava a Deus, mas era uma invejosa, mal  agradecida, jamais reconheci todo o esforço e o amor, a entrega de meus  pais para me dar uma profissão, para me levantar. "Tão rápido você  alcançou uma profissão, mas até seus pais já não tinham importância, a  ponto de chegar a se envergonhar de sua mãe, pela humildade e pela pobreza dela."
E me mostram como esposa...Quem era? Passava todo o dia renegando,  desde que me levantava. Meu esposo me dizia: "Bom dia!" E eu respondia:  "Que bom dia? Não vê que está chovendo?" Eu o renegava o tempo todo. E  com meus filhos? Mostram-me que nunca, jamais tive compaixão para com o  próximo, por meus irmãos de fora. E o Senhor me dizia: "Você nunca  pensou: coitadinhos dos doentes, Senhor! Dá-me a graça de poder acompanhá-los em sua solidão. As  crianças que não tem mãe, os órfãos, quantas crianças sofrendo,  Senhor!" ...Meu coração era de pedra...no exame dos dez mandamentos não  passei nem meio. Terrível! Espantoso! Vivia um verdadeiro caos. Como que  eu não havia matado e assassinado tanta gente? Por exemplo, eu fiz  muitas compras de supermercado para as pessoas que necessitavam, mas não dava por amor, dava pela  imagem, porque como eu era muito rica eu queria 'fazer bonito' diante  dos outros e assim eu manipulava as pessoas. 
E então eu dizia: "Toma, lhe dou essa compra, mas você me faz o favor  e vá à reunião do colégio dos meus filhos, porque eu não tenho tempo de  ir a essas reuniões." E assim eu dava coisas a todo mundo, mas eu os  manipulava, além disso eu adorava que houvesse um montão de gente atrás  me mim me dizendo que eu era bondosa, que eu era uma santa. Eu me criei  uma imagem! E me dizem: "É que você tinha um deus e esse deus era o dinheiro! Por ele você se  condenou! Por ele você afundou no abismo e se afastou do Senhor." Nós  havíamos tido muito dinheiro, mas estávamos quebrados, endividadíssimos,  havia acabado nosso dinheiro, então, quando me dizem do 'deus dinheiro'  eu gritei: "Mas que dinheiro se deixei muitas dívidas lá na terra?"
Quando me falaram, por exemplo, do segundo mandamento, via que eu,  pequenina, infelizmente aprendi que para evitar os castigos da minha mãe  que eram bastante severos, aprendi que as mentiras eram excelentes e  comecei a caminhar com o pai da mentira (Satanás), e comecei a ficar  mentirosa e à medida que meus pecados iam crescendo, as mentiras iam  aumentando. Percebia que minha mãe respeitava muito o Senhor e para ela o nome do Senhor era santíssimo,  então eu pensei e disse: "Aqui tenho a arma perfeita." E comecei a jurar  em vão, e lhe dizia: "Mãe, eu juro por Deus!" e assim evitava os  castigos. Imaginem, quando metia eu colocava o Santíssimo nome do Senhor  nas minhas porcarias, na minha imundície, porque eu estava tão cheia de  sujeira e de tanto pecado... 
E vejam, irmãos, aprendi que as palavras não se perdem ao vento.  Quando minha mãe ficava irredutível eu lhe dizia: "Mãe, que me parta um  raio se estou mentindo!", e a palavra vagou pelo tempo e vejam que por  misericórdia de Deus eu estou aqui, porque na realidade o raio entrou em  mim e me partiu praticamente ao meio e me queimou. 
Mostravam-me como eu, que me dizia católica, era uma pessoa que não tinha palavra e sempre me antepunha ao Santo nome do Senhor.
Fiquei impressionada ao ver como o Senhor mostrava a todas as  criaturas estas coisas espantosas e se prostravam ao chão, numa adoração  impressionante. Vi a Santíssima Virgem prostrada aos pés do Senhor,  orando por mim, numa extrema adoração, e eu, pecadora, desde minha  imundície, cara a cara com o Senhor. Como fui 'tão boa', renegando e  maldizendo o Senhor...
Sobre o santificar as festas, foi espantoso. Senti uma imensa dor. A  voz me dizia que eu dedicava de quatro a cinco horas ao meu corpo e nem  sequer dez minutos diários de profundo amor ao Senhor, de agradecimento  ou de uma oração. Começava a rezar o Rosário com tamanha velocidade e eu  dizia: "Nos comerciais da novela consigo terminar o Rosário". Mostravam  como nunca fui agradecida ao Senhor, e também me mostravam o que eu dizia quando me dava preguiça  de ir à Missa: "Mas mãe, se Deus está em todo lugar, que necessidade  tenho de ir à Missa?" Claro que era muito cômodo dizer isso; e a voz me  repetia que eu tinha ao Senhor por vinte e quatro horas ao dia  disponível para mim, e eu não rezava nem um pouquinho, nem agradecia no  domingo. Dediquei-me a cuidar do meu corpo, me tornei escrava, e me esqueci de um detalhe, que tinha uma  alma e que jamais cuidei dela, nunca a alimentei com a Palavra de Deus  porque eu, muito comodamente, dizia que quem lia a Palavra de Deus  ficava louco.
Quanto aos sacramentos, nada! Como que eu poderia me confessar com  'esse velhos que eram piores que eu'? Para mim era muito cômodo não ir  confessar, o maligno me tirou da confissão e assim foi como me afastou  da cura e limpeza da minha alma, porque cada vez que eu cometia um  pecado, não era grátis, Satanás punha dentro da brancura de minha alma a  sua marca, uma marca de trevas. Jamais, só em minha primeira comunhão fiz uma boa confissão, daí por  diante, nunca mais, e recebia o Senhor indignamente. Chegou a tal ponto a  blasfêmia, a incoerência da minha vida, que cheguei a dizer: "Que  Santíssimo? Deus está vivo num pedaço de pão? Estes sacerdotes deveriam  comê-lo com um pouco de doce de leite, quem sabe ficaria mais  saboroso"...até este ponto chegou a degradação da minha relação com Deus.
Jamais alimentei minha alma, e para completar, só sabia criticar os  sacerdotes. Se tivessem visto como foi terrível isso, na minha família,  desde muito pequenos, criticávamos os sacerdotes, começando pelo meu  pai...diziam que são mulherengos e que têm mais dinheiro do que nós e  repetíamos estas coisas. E nosso Senhor me dizia: "Quem você pensava que  era para se fazer passar por Deus e julgar meus ungidos?", me dizia: "Eles são de carne, e é a comunidade  que faz a santidade de um sacerdote, rezando, amando e apoiando quando  um sacerdote cai em pecado." O Senhor me mostrava que cada vez que eu  criticava um sacerdote, me tomavam uns demônios. Fora isso, quanto mal  eu fiz quando acusei um sacerdote de homossexual e toda a comunidade se  interou, não imaginam quanto dano causei.
Do quarto mandamento: honrar pai e mãe. O Senhor me mostrava como já  lhes comentei, como fui mal agradecida com meus pais, como os  amaldiçoava e os renegava porque não podiam me dar tudo o que minhas  amigas tinham. Como fui uma filha que não valorizava o que tinha,  cheguei a ponto de dizer que aquela não era a minha mãe, porque parecia  muito pouco para mim. 
Foi espantoso ver o resumo de uma mulher sem Deus e como uma mulher  sem Deus destrói tudo o que lhe rodeia, e ainda por cima, o pior de tudo  é que eu achava que era boa e santa! O Senhor também me mostrou como eu  achava que me sairia bem neste mandamento, só pelo fato de haver pago  as consultas médicas e os remédios dos meus pais quando ficaram doentes,  também como eu analisava tudo através do dinheiro e como eu os manipulei quando tinha  dinheiro. Até me aproveitei deles, o dinheiro me endeusou e eu os  pisoteei. Sabem o que me doeu? Ver meu pai chorando com tristeza, apesar  de tudo ele havia sido um bom pai, que me havia ensinado a ser  trabalhadora, empreendedora, e que devia ser honesta, porque só aquele  que trabalha pode progredir. Mas ele se esqueceu de um detalhe, que eu tinha uma alma e que ele era um  evangelizador com seu testemunho e como toda a minha vida começou a  afundar  por causa de tudo isso. Via o meu pai com dor quando era  mulherengo, ele era feliz dizendo à minha mãe e a todo mundo que ele era  'muito macho' porque tinha muitas mulheres e que podia com todas, e que  ademais fumava e bebia. Estes vícios o faziam sentir-se orgulhoso, pois ele não pensava  que eram vícios, mas  sim virtudes. Comecei a ver como minha mãe se cobria de lágrimas quando  meu pai começava a falar das outras mulheres.  Comecei a me encher de  raiva, de ressentimento e começo a ver como o ressentimento leva à morte  espiritual, sentia uma raiva espantosa de ver como meu pai humilhava  minha mãe diante de todo mundo. Fiquei rebelde e disse á minha mãe: "Eu nunca serei como você,  por isso nós mulheres não valemos nada, por culpa de mulheres como você,  sem dignidade, sem orgulho, que se deixam pisotear pelos homens."  Quando já estava maior eu dizia ao meu pai: "Preste atenção pai, jamais  vou permitir que um homem me humilhe como você humilha a minha mãe, se  um homem chegar a ser infiel comigo, eu me separo."  Meu pai me bateu e me disse: "Como se  atreve?" Meu pai era muito machista e eu lhe disse: "Então me bata e me  mate se eu chegar a me casar e tiver um marido infiel. Eu me separo,  para que os homens entendam como sofre uma mulher quando um homem a  pisoteia." Esse ressentimento e essa raiva tomaram conta de mim, e  quando já tinha algum dinheiro, comecei a dizer à minha mãe: "Sabe de uma coisa? Separe-se do meu pai.  Eu gosto muito dele, mas é impossível que você agüente um homem assim,  seja digna, você tem que se dar valor, mãe." Imaginem! Eu queria  divorciar meus pais. Minha mãe me dizia: "Não filha, não é que não me  doa, sim me dói muito, mas eu me sacrifico porque vocês são sete filhos e  eu sou só uma. Eu me sacrifico porque afinal seu pai é um bom pai, e eu seria incapaz de ir e deixá-los  sem pai, ademais, se eu me separo, quem vai orar para que seu pai se  salve? Sou eu quem pode orar para que seu pai encontre a salvação,  porque a dor e o sofrimento que ele me ocasiona eu uno às dores da cruz,  e todos os dias digo ao Senhor; 'esta dor não é nada unida à tua cruz,  me permita que meu esposo se salve, assim como meus filhos.' Eu não entendia isso. E sabem do que mais? Me deu  tanta raiva... e isso fez com que minha vida mudasse e fiquei muito  rebelde e comecei a me empenhar para defender os direitos da mulher.  Comecei a defender o aborto, a eutanásia, o divórcio e a defender a lei  de Talião, aquela que diz 'olho por olho, dente por dente'. Nunca fui  infiel fisicamente, mas prejudiquei muita gente com meus conselhos.
Quando chegamos ao quinto mandamento, o Senhor me mostrava que eu era  uma assassina espantosa e que cometi o que é pior e mais abominável  diante dos olhos de Deus, o aborto. O poder que me deu o dinheiro me  serviu para financiar vários abortos, porque eu dizia: "A mulher tem  direito a escolher quando quer ficar grávida ou não." Olhei o Livro da  Vida e me doeu tanto quando vi uma menina de catorze anos abortando. Eu a havia ensinado, porque sabem que  quando uma pessoa está envenenada, nada fica bom e tudo o que está ao  redor dela se envenena. Umas meninas, três sobrinhas minhas e a namorada  do meu sobrinho abortaram. Deixavam-nas ir à minha casa porque eu tinha  dinheiro. Eu as convidava, falava de moda, de glamour, de como exibir o  corpo. Minha irmã as mandava aí. Olhem como eu as prostituí, prostituí menores, que foi outro  pecado espantoso depois do aborto, porque eu lhes dizia: "Não sejam  bobinhas minhas filhas, suas mães lhes falam de virgindade e de  castidade, mas estão fora de moda, elas falam de uma Bíblia que foi  escrita há mais de dois mil anos, e os sacerdotes não quiseram se  modernizar, elas falam o que dizia o Papa, mas esse Papa está fora de moda."
Imaginem meu veneno e eu ensinei a estas meninas que tinham que  aproveitar, desfrutar do corpo, mas que tinham que se prevenir.  Ensinei-lhes os métodos de planificação. "Mulher perfeita", e essa  menina de catorze anos, namorada do meu sobrinho chega um dia ao meu  consultório chorando (eu vi no Livro da Vida) e me diz: "Gloria! Ainda  sou criança e estou grávida!", e eu lhe disse: "Tonta! Eu não lhe ensinei a se prevenir?" E então ela me disse: "Sim, mas não  funcionou". Então olhei, e o Senhor me colocava essa menina diante de  mim para que não se afundasse no abismo, para que não fosse abortar,  porque o aborto é uma corrente que pesa tanto, que arrasta e pisoteia, é  uma dor que nunca se acaba, é o vazio de haver sido um assassino. E o  que foi pior para essa menina, foi que em vez de falar-lhe do Senhor, lhe dei dinheiro para que fosse abortar num  lugar muito bom para que não a prejudicassem. Assim como este aborto  financiei vários outros. Cada vez que o sangue de um bebê se derrama, é  como um holocausto a Satanás, é um holocausto, ao Senhor lhe dói muito e  se estremece cada vez que se mata um bebê, porque no Livro da Vida, vi  como nossa alma se apodera de nosso corpo tão somente quando se tocam o óvulo e o espermatozóide,  surgindo como uma faísca linda de luz colhida do Sol de Deus Pai. O  ventre de uma mãe, tão somente é fecundado e já se ilumina com o brilho  dessa alma e quando se aborta, essa alma grita e geme de dor, ainda que  não tenha olhos, nem um corpo formado, se escuta este grito quando lhe  estão assassinando e o Céu se estremece e no inferno se escuta outro grito, mas de júbilo, e  imediatamente do inferno, se abrem uns tipos de selos de onde saem umas  larvas para seguir assediando a humanidade, e seguir fazendo-a escrava  da carne e de todas estas coisas que existem e que estarão cada dia  pior. Quantos bebês são mortos por dia? Isso é um triunfo para Satanás.  Esse preço de sangue forma mais um demônio, então me lavam neste sangue e minha alma branca começou a ficar  absolutamente escura. Depois dos abortos, perdi a convicção do pecado,  para mim estava tudo bem. Foi triste ver como que neste compromisso com o  maligno, pude ver todos os bebês que eu havia matado também, e sabem  por que? Eu planificava com o uso do DIU (T de cobre) e foi doloroso ver  quantos bebês haviam sido fecundados, e se haviam brilhado essas faíscas do Sol de Deus Pai, mas  estes bebês, gritando, se desgarraram das mãos de Deus Pai. Era a razão  que explicava meu constante mau humor, caras feias, vivia frustrada com  todos e com muita depressão. Claro! Eu havia me tornado uma máquina de  matar bebês. E isso me afundou mais no abismo... e pensava: "Como que  não havia matado?" E o que dizer de cada pessoa que eu odiava, que eu detestava? Continuava sendo  uma assassina, porque não é só com um disparo que se mata uma pessoa,  basta odiá-la, fazer-lhe o mal, ter inveja dela, como isso já se pode  matá-la. 
Quanto ao sexto mandamento, de não pecar contra a castidade, eu  disse: "Aqui não vão me falar de nenhum amante, porque por toda a vida  só tive um homem que é meu esposo". Quando me mostram que cada vez que  eu estava com meus seios a mostra e meu corpo com minhas roupas  insinuantes, estava incitando os homens a que me olhassem e tivessem  maus pensamentos, e eu os fazia pecar e assim foi como entrei no adultério. Eu aconselhava as mulheres a serem  infiéis com seus esposos e lhes dizia: "Não sejam bobas, divorciem-se,  não os perdoem." Já com isso estava cometendo um abominável adultério. E  me dei conta que os pecados da carne são espantosos e são  condenatórios, mas o mundo nos incita a atuarmos como animais.  Infelizmente me soltei da mão do Senhor, porque os pecados estão nos pensamentos, na alma e na ação de cada pessoa. Foi tão  doloroso ver todo esse pecado, por exemplo, esse pecado do adultério do  meu pai, que causou dano e desgarrou seus filhos. A mim me causou  ressentimento contra os homens, e meus irmãos se transformaram em três  fiéis fotocópias do meu pai, felizes por serem 'muito machos',  mulherengos e alcoólatras... Eles não percebiam como prejudicavam  seus filhos. Por isso meu pai chorava, com  tanta dor, vendo como seu pecado havia sido herdado por eles, por mim,  prejudicando assim toda a obra de Deus. 
O sétimo mandamento, o de não roubar, eu me considerava honesta, e o  Senhor me mostrava como desperdiçávamos comida em minha casa. O mundo  padecia de tanta fome, e Ele me dizia: "Eu tinha fome, e veja o que você  fazia com o que eu te dava, desperdiçava tudo, eu tinha frio e olhe o  que você fazia, escravizada pela moda, vivendo de aparências, gastando  muito dinheiro em injeções para estar mais magra, escravizada pelo corpo. Em poucas palavras, você fez  do seu corpo um deus." O Senhor me mostrava que eu era culpada pela  miséria do meu país e que sim, eu tinha a ver com isso. Também me  mostrava que cada vez que eu falava mal de alguém, eu lhe roubava a  honra e era difícil devolvê-la. Que era mais fácil reparar o roubo de um  dinheiro, porque poderia devolver o valor roubado, do que restaurar o bom nome de uma pessoa. Eu me arrependia por  não ter sido  uma mãe carinhosa com meus filhos, por não haver ficado  mais com eles em casa, por tê-los deixado tanto com a 'mamãe televisão',  'o papai computador', ou com os videogames e para acalmar minha  consciência, lhes comprava roupas de marca. Mas me horrorizou ver minha  mãe que se questionava, - e minha mãe foi uma santa mãe, que nos corrigia e nos amava, assim como  meu pai -, e pude ver quando ela disse: "O que será de mim que nunca  consegui dar nada para os meus filhos?" Que espanto, que dor tão  grande...
Senti muita vergonha, porque no Livro da Vida a pessoa vê tudo como  num filme, e meus filhos diziam: "Tomara que a mamãe demore, que tenham  muito trânsito, porque ela é muito chata e só vive reclamando." Que  tristeza um menino de três anos e uma menina um pouco maior dizendo  estas coisas...eu lhes roubei a sua mãe, lhes roubei a paz que eu daria à  minha casa e não lhes deixei conhecer a Deus através de mim, e não lhes ensinei a amar o próximo. Se  eu não amo ao meu próximo, eu não tenho nada a ver com o Senhor, se não  tenho misericórdia, não tenho laços com o Senhor. Porque Deus é Amor...
Vou lhes falar sobre levantar falsos testemunhos. Eu sabia mentir  muito bem e Satanás se tornou meu pai. Se Deus é Amor e eu odeio, então,  quem é meu pai? Não era difícil de adivinhar e se Deus me fala do  perdão e de amar meus inimigos eu dizia, "quem me prejudica, me paga!"  Então, quem era meu pai? Se Deus é a verdade e Satanás é a mentira, quem  era meu pai? Não há mentira rosa, nem amarela, nem verde, todas as mentiras são mentiras, e Satanás é o pai de  todas elas.  Tão terríveis foram os pecados da minha língua. Eu vi  quanto dano causei com a minha língua. Eu fofocava, quando falava mal  dos outros, causava complexos de inferioridade às pessoas gordinhas  pondo-lhes apelidos pejorativos. Uma palavra mal dirigida sempre termina  numa ação e causa dano.Quando me fazem o exame dos dez mandamentos, pude ver a cobiça que tomava conta de  mim. Eu pensava que seria feliz tendo muito dinheiro e passei a ter uma  obsessão por ficar rica. Que tristeza. Quando tive muito dinheiro, foi o  pior momento que viveu minha alma, a ponto de querer me suicidar. Tinha  tanto dinheiro e me sentia sozinha, vazia, amargurada e frustrada. A  cobiça de desejar ter muito dinheiro foi o caminho que me levou pela mão e me extraviei, me soltei  da mão do Senhor. Depois desse exame dos dez mandamentos, me mostram o  Livro da Vida, lindo, eu queria ter palavras para descrever "O Livro da  Vida". Começou desde a concepção, assim que se uniram o par de células  dos meus pais. De imediato houve um 'zas', uma faísca, uma linda  explosão e se formou minha alma, colhida da mão de Deus Pai, encontrei um Deus Pai tão lindo, que me  cuidava 24 horas por dia e o que eu via como um castigo, nada mais era  que Amor, porque Ele consegue ver minha alma e percebia como eu ia me  afastando da Salvação. Para terminar, vou lhes dar um exemplo de como é  maravilhoso o "Livro da Vida". Eu era muito hipócrita e eu dizia a  alguém: "Nossa! Como você está linda, que vestido lindo!" Mas por dentro, em meus pensamentos eu dizia: "Que  mulher mais asquerosa, e ainda se acha uma rainha!" Nesse livro se podia  ver exatamente como eu pensava, se podia ver o interior de minha alma.  Todas as minhas mentiras ficaram à vista, vivas, todo mundo se deu  conta. Quantas vezes eu menti para minha mãe porque ela não me deixava  sair a lugar nenhum, então dizia que tinha que fazer um trabalho em grupo na biblioteca, mas saía para  ver algum filme pornográfico ou ia a algum bar tomar cerveja com minhas  amigas. E lá estava minha mãe, vendo minha vida, nada escapou. 
Meus pais me davam banana para levar de lanche na escola. Meus pais  eram pobres e só podiam me dar banana, leite e algum petisco para  colocar na lancheira. Eu comia a banana e jogava a casca pelo caminho.  Nunca tive a consciência de que alguém poderia se ferir ou escorregar na  casca de banana que eu costumava jogar no chão, e o Senhor me mostrou  as pessoas que poderiam ter se matado por causa dessas quedas causadas por minha imprudência e falta de  misericórdia. Também pude ver como só uma vez fiz uma boa confissão, bem  feita. Foi quando uma senhora me deu 4.500 pesos a mais de troco num  supermercado em Bogotá. E meu pai nos havia ensinado a sermos honestos e  nunca tocar em nenhum centavo de ninguém. Então me dei conta quando já  estava no carro. Estava a caminho do meu consultório e pensei... "Ai, essa velha distraída, essa  tonta me deu 4.500 pesos a mais e agora tenho que voltar para devolver" e  logo vi um engarrafamento gigante e disse: "Quer saber? Não vou  devolver nada, quem mandou ela ser tão distraída?" Mas fiquei com a dor  de ter feito isso, porque me pai me ensinou a ser honesta, então me  confessei no domingo e disse: "Padre, eu roubei 4.500 pesos porque não os devolvi a uma senhora que se equivocou  no troco." Nem prestei atenção no que o padre me disse. O maligno não  pode me acusar de ladra, mas sabem o que me disse o Senhor? Ele me  disse: "Essa falta de caridade sua, quando não devolveu o dinheiro para  aquela senhora não reparando o pecado cometido, 4.500 pesos para você  não eram nada, mas para aquela mulher que ganhava um salário mínimo, significava a alimentação de três  dias." O mais triste foi quando me mostrou como sofreu, agüentando a  fome um par de dias. Por minha culpa, passou fome com seus dois filhos  pequenos, porque assim me mostra o Senhor, me mostra quando eu faço  algo, quem sofreu, quem atua e como atua.
O Senhor me perguntou: "Que tesouros espirituais você me trouxe?"  Minhas mãos iam vazias, não levava nada, minhas mãos iam absolutamente  desocupadas. Foi então que me disse: "De que te servem os dois  apartamentos que você tinha, as casas e consultórios? Você não se  considerava uma profissional de muitíssimo êxito? Acaso pode trazer o pó  de um tijolo até aqui? O que fez com os talentos que Eu te dei?"  Talentos? Eu tinha uma missão. A missão de  defender o reino de Amor. O reino de Deus. Eu me havia esquecido que  tinha uma alma, e muito menos que tinha talentos, muito menos que o bem  que deixei de fazer doeu muito ao Senhor. Sabem o que sempre me  perguntava o Senhor? Sempre me perguntava sobre o Amor. Citava a falta  de caridade pelo próximo. Ele me dizia que eu estava morta espiritualmente. Estava viva, porém morta. Se  pudessem ver o que é a 'morte espiritual', como é uma alma que  odeia...Como é uma alma espantosamente terrível de amargurada e  fastidiosa,  que faz mal a todo mundo... Quando uma pessoa está cheia de  pecados, por fora tudo parece ser bonito e cheirar bem, com boas  roupas, mas minha alma cheirava muito mal e vivia nos abismos. Isso justifica tanta depressão e amargura. Então o Senhor  me disse: "É que sua morte espiritual começou quando você deixou de  sentir dor pelos seus irmãos. Quando você via o sofrimento dos seus  irmãos, era um alerta. Quando  via nos meios de comunicação, dizendo que  os mataram, que os seqüestraram, que os desalojaram, você dizia 'da  boca para fora': 'Coitadinhos! Que pecado!' Mas isso não te doía por dentro. Você não sentia nada no  coração, era uma pedra, o pecado te petrificou.
Quando se fecha o meu Livro, imaginem como era grande a minha  tristeza. Quanta dor! Fora isso, por ter me comportado assim com Deus  Pai, porque apesar de todos os meus pecados, apesar de toda a minha  imundície e de toda a minha indiferença e de todos os sentimentos  horríveis, o Senhor, sempre, até o último instante me buscou, sempre me  enviava instrumentos, pessoas, me falava, me gritava, me tirava coisas para me buscar, ele me buscou até o último  instante. Eu costumava dizer: "O Senhor me condenou". Claro que não! No  meu livre arbítrio eu escolhi quem seria o meu pai, e não foi Deus Pai.  Escolhi Satanás, esse foi o meu pai, e quando esse Livro se fechou, vi  em minha mente que estava de ponta-cabeça, porque começava a cair  naquele buraco e depois deste oco ia se abrir uma porta. Então começo a ir, e começo a gritar a todos os santos,  para que me salvassem. Vocês não têm idéia da quantidade de santos que  eu vi, eu não tinha idéia de que havia tantos santos, eu era tão má  católica. Pensava que dava na mesma que me salvasse São Isidro ou São  Francisco de Assis, e quando acabaram todos os santos, veio o silêncio.  Sentia um vazio, uma dor tão grande. E eu pensava: "Todos estão lá na terra dizendo: 'como era santa!'",  esperando que eu morresse para me pedir um milagre. E olhem para onde  vou! Levanto os olhos e vejo os olhos de minha mãe. Com muita dor eu lhe  grito: "Mãezinha! Que vergonha! Me condenei, mãe, aonde vou? Nunca mais  vou te ver..." E nesse momento lhe concederam a ela uma graça muito  grande. Estava imóvel e lhe permitem mover seus dois dedos para cima e ela dá um sinal e saltam dos  meus dois olhos duas crostas espantosamente dolorosas, era minha  cegueira espiritual. Então, vejo um momento lindo, quando uma paciente  me havia dito: "Olhe doutora, a senhora é muito materialista e um dia  vai precisar Dele. Quando estiver em ambiente de perigo, qualquer que  seja, peça a Jesus Cristo que a cubra com o Seu sangue, Ele nunca irá abandoná-la, porque Ele pagou um preço se  sangue pela senhora." E com essa vergonha tão grande e essa dor, comecei  a gritar: "Jesus Cristo! Senhor, tenha compaixão de mim! Perdoe-me! Por  favor, me dê uma segunda oportunidade!" E este foi o momento mais belo,  não tenho palavras para descrever este momento. Ele baixa e me tira  daquele oco. Quando Ele me recolhe, todas estas coisas caíram ao chão. Ele me levanta e me leva a  uma parte plana, e me diz com todo esse Amor: "Vamos voltar, você vai  ter uma segunda oportunidade" (...), e me diz que não é pela oração da  minha família. Porque "é normal que eles orem e clamem por você, mas foi  pela intercessão de todas as pessoas alheias ao seu sangue, que não te  conhecem e choraram, oraram e elevaram seu coração com muitíssimo amor por você." E começo a ver como  se acendem uma porção de luzinhas que são como chaminhas brancas cheias  de amor. Eu vejo as pessoas que estão rezando por mim! Mas havia uma  chama grande, era a luz que mais brilhava. A que mais amor dava. Eu  olhava quem era essa pessoa que me amava tanto.  E o Senhor me diz:  "Essa pessoa que você vê ali, é uma pessoa que te ama tanto, tanto, e nem sequer te conhece." E me  mostrava que essa pessoa havia visto a folha de jornal do dia anterior.  Era um camponês de um povoado, bem pobre, que vivia ao pé da Serra  Nevada de Santa Marta. O pobre homem comprou uma panela e a embrulharam  numa folha do jornal "Espectador" do dia anterior. Minha fotografia onde  eu aparecia toda queimada estava aí, ilustrando a matéria que falava sobre o acidente. Quando este  homem viu a notícia, se pôs a chorar com um amor tão grande, e disse:  "Pai, Senhor, tem compaixão desta minha irmãzinha. Senhor, salve-a! Se o  Senhor salvá-la, prometo que irei ao 'Santuário de Buga' e cumpro a  promessa, mas salve-a!" Imaginem um homem pobrezinho, não estava  revoltado nem amaldiçoando porque passava fome, com essa capacidade de amor para se oferecer a atravessar  todo o país por alguém que não conhecia. E o Senhor me disse: "Isso é  Amor ao Próximo" (...) e logo me disse: "Você vai voltar, mas não vai  contar o que viu 1000 vezes, mas sim 1000 vezes 1000. E ai daqueles que  ouvindo, não decidam mudar de vida. Porque eles serão julgados com mais  severidade. Assim como você será em seu segundo regresso. Que prestem atenção os ungidos, que são  seus sacerdotes, ou qualquer um deles, porque não há pior surdo que  aquele que não quer ouvir, nem pior cego que aquele que não quer ver." E  isto, meus queridos irmãos, não é uma ameaça, O Senhor não necessita  nos ameaçar, esta é a segunda oportunidade que vocês têm, e graças a  Deus que vivi o que vivi! Porque quando lhes abram o Livro da Vida a cada um de vocês, quando cada um de  vocês morra, vamos ver este momento, de igual maneira, e vamos nos ver  tal como estamos, vamos ver nossos pensamentos e nossos sentimentos na  presença de Deus, e o mais bonito é que cada pessoa verá o Senhor em  frente de cada um de nós, outra vez perguntando o que lhe temos a  oferecer. 
Que o Senhor abençoe a todos grandemente. 
  Glória a Deus! Glória a Nosso Senhor Jesus Cristo!                               
   
Que  o Senhor nos cubra de Bençãos e conceda a todos a Graça da conversão e  da salvação. O meu nome é Gloria Polo, eu sou a pessoa que foi atingida  pela faísca. Quem tiver dúvidas da veracidade deste acontecimento, posso  dizer que o Jornal “El Espectador”, de 8 de Maio de 1995, fez uma  reportagem acerca do meu acidente e comprova como este facto é verídico.  Se este acontecimento não fosse uma chamada amorosa de Nosso Senhor à  conversão, ser-me-ia impossível repetir este testemunho mil vezes mil,  como o Senhor me deu em missão. É tão grande o amor de Nosso Senhor por  nós, que me permitiu não somente viver esta experiência, como também  compartilha-la convosco, assim como falar a todo mundo da minha vida  passada, como confissão pública. Se eu não levasse muito a sério as  Palavras de Nosso Senhor, jamais eu o teria feito e teria protegido o  meu ego, o meu nome e minha vida social e familiar, e creio que só o meu  confessor o teria sabido. E em obediência ao Senhor, ando por este  mundo dando testemunho e têm–me sido abertas portas em muitos Países.  Nestes 10 anos passados reparto a minha experiência com grupos de  oração, em paróquias, porque Deus me deu um grande amor pela minha  Igreja Católica e me concedeu a graça da obediência, o dom de Deus se  expressa no desejo de que muitas almas humildes ouçam a Voz do Senhor,  convidando-as à conversão.
 
Há muitas conversões por muitas partes do mundo inteiro através do testemunho, não porque eu o faça mas sim por Obra de Deus 
