Existe a possibilidade de uma parte dos seres humanos ficar fora do novo mundo, que se recusa fielmente a não encontrar a verdadeira vida, porque terá recusado o último convite do amor. Não cairá no nada, mas viverá na insanidade. "Há vida nas trevas, não somente inferiores, mas também exteriores".
Esta visão, este conhecimento desta possibilidade não decorre somente da doutrina do Evangelho e das religiões, mas ainda dos princípios fundamentais na visão da nova era. O amor é a força motora da evolução; você sempre será obrigado a tomar consciência e decisões. Pois todo amor é decisão livre e voluntária. "A vontade primeira do ser humano inclui sempre a possibilidade de recusa".
A evolução para alguns está ameaçada em seu êxito final. Por meio dela produziu-se o ser humano e, como tal, há sempre uma possibilidade de um desastre na escolha definitiva. Assim, permanece-se interiormente frágil em sua decisão mais elevada, pela escolha do amor ao próximo.
O êxito só pode ser assegurado por uma força capaz de preservar a liberdade humana contra seu próprio poder do mal, de salvá-la da falta de amor, isto é, pelo poder da Graça Divina.
Em sua aspiração à segurança última, você deve recorrer ao poder do amor Divino; neste aspecto, você deve também deixar se deslocar o seu centro da consciência mental para a consciência do coração. Você deve estar seguro na preservação de si mesmo contra as malícias possíveis dos seus próprios pensamentos.
Numa análise profunda do seu interior, não leve às últimas conseqüências de sua visão, ao menos não o faça abertamente. Procure, ao contrário, com todas as suas forças, uma segurança e uma certeza dentro de si mesmo. O amor existe de uma maneira que você jamais olhou, porém, o convite é aceitar... Viver este amor será a sua plenitude espiritual.
Quanto mais se observa no passado, em milhões de anos, a marcha constante e ascendente da vida, tanto mais se pensa na multidão sempre crescente de elementos refletidos, tanto mais também se nota o emergir em si mesmo da convicção de que, por uma espécie de envolvimento dos números, o ser humano se veja de frente à atual onda da evolução.
Você não pode falhar, durante a grande escolha dirigida, na procura do seu dom. Deve caminhar e quando encontrar o ponto emergente, jogue toda a sua energia, toda a força em direção ao convite e aceite o amor supremo. Por jogo coordenado, por mais numerosas que sejam as liberdades, longe de se neutralizar pelo efeito de alguns, se retifica e se corrige, quando se trata de avançar numa direção, para a qual você está interiormente dominado. Não por acaso, mas por cálculos lógicos, você deve aceitar o convite do amor para não levar o progresso de sua evolução ao fracasso.
As etapas críticas anteriores da evolução estavam garantidas pela multidão incontável das pessoas que procuravam uma saída do impasse; ao lado de numerosos desastres, alguns conseguiam sempre vencer a marcha e subir. O mesmo se daria com toda a humanidade. Os seres humanos impactados para frente, para uma forma superior de unidade, que será realizada de todo jeito. Qualquer ser humano isolado pode levar a fracassar algumas partes da humanidade em seu conjunto. O êxito se baseia, de fato, na adesão voluntária de cada um, mas você é indiscutivelmente importante.
Tal convicção a meu ver não satisfaz e é insustentável por diversos motivos. Você não pode dar nenhum apoio ao desejo pessoal de salvação. A promessa de que a personalidade individual encontrará em plena realização e seu desenvolvimento definitivo, sua liberdade, não pode satisfazer as exigências por um êxtase, materialmente falando, perante os olhos de cada um de nós.
É curioso verificar que as críticas fundamentais, como o escritor espiritual os vê, às vezes, mais acertadamente do que os olhos da ciência, não são os rígidos sentimentos determinados materialmente, são as flexíveis combinações dos Espíritos que dão ao Universo sua consistência.
O fator primordial e definitivo da evolução na sua plenitude, para a arrancada final da evolução, é o amor.
O amor é o drama mais pessoal de cada um, o encontro entre a liberdade do ser humano e o perdão livre de Deus. O sim ou o não pessoal será o objeto do convite. O ato total de sua liberdade, em seu desenvolvimento completo, realiza-se sempre em dois planos: o plano profundo do dom pessoal de si mesmo e o plano de olhar para o próximo com amor. Os aspectos externos das condutas podem ser, em parte, o objeto de avaliação, porém, o que mais vai contar será aceitar o convite do amor divino. Este amor pré-determinado à nossa evolução tem que retornar ao ponto de partida de todo um plano traçado por Deus, que envolveu todas as dimensões em que vivemos.
É possível que, no futuro, a lei do número e da evolução leve o ser humano a evitar alguns passos em falso; assim, o mal da embriaguez pode diminuir nos próximos anos. Mas a raiz mais profunda de nosso ato, a aceitar ou recusar o convite ao amor, escapa necessariamente à lei de Deus.
A decisão cai no mais profundo, no mais íntimo de cada pessoa e aí você é absolutamente único. Nesta decisão última, o drama do bem e do mal se desenrola em toda a sua amplitude, em sua intensidade e em sua força, dentro de cada um. No nível desta escolha propriamente pessoal, todo cálculo se torna impossível, toda estatística destituída de sentido.
Por esta razão, precisamente, mostrará que todas as formas de unificar, organizar, economicamente, culturalmente, cientificamente e religiosamente o ser humano só podem contribuir para a realização de um mundo melhor e de grande unidade, na medida em que aceite o convite único da prática do amor ao próximo.
BNN
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