Medo da vida (parte 2)
Em segundo lugar, a vida é desconhecida, imprevisível, e a sua mente é muito estreita: ela quer viver no conhecido, no previsível. A mente está sempre com medo do desconhecido. Há uma razão: é porque a mente consiste no conhecido. Tudo o que você conheceu, experimentou, aprendeu, a mente consiste nisso.
O desconhecido não faz parte da mente. A mente está sempre com medo do desconhecido, o desconhecido perturbará a mente; assim, a mente fica fechada para o desconhecido. Ela vive em sua rotina, ela vive em um padrão. Ela se move em trilhas determinadas, trilhas conhecidas. Ela vai girando, girando, exatamente como um disco de gramofone. Ela tem medo de se mover para o desconhecido.
A vida sempre está se movendo para o desconhecido, e você tem medo. Você quer que a vida ande de acordo com a sua mente, de acordo com o conhecido, mas a vida não pode segui-lo. Ela sempre se move para o desconhecido. Eis porque nós temos medo da vida e sempre que nós temos uma oportunidade nós tentamos matar a vida, nós tentamos fixá-la.
A vida é um fluxo. Nós tentamos fixá-la porque com aquilo que é fixo a previsão é possível.
Osho, em "O Livro dos Segredos"
Imagem por Science Museum London
Confira a parte 1 deste texto
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