terça-feira, 29 de novembro de 2011

A VIDA REAL NUNCA MORRE


"A morte é uma grande revelação. Se não houvesse morte não haveria nenhuma religião. É por causa da morte que a religião existe. É por causa da morte que um Buddha nasceu. Todos os Buddhas nascem devido à realização da morte.

Quando você estiver sentado ao lado de uma pessoa em seu leito de morte lamente por você mesmo. Você está no mesmo barco, no mesmo apuro. A morte baterá na sua porta qualquer dia. Esteja pronto. Antes que a morte bata, volte para casa. Você não deve ser apanhado no meio; senão toda essa vida desaparece como um sonho e você fica numa tremenda pobreza, uma pobreza interior.

Vida, vida real, nunca morre. Então quem morre? Você morre. O "Eu" morre, o ego morre. O ego é parte da morte; a vida não é. Assim se você puder ser sem ego, então não existe morte para você. Se você puder abandonar o ego conscientemente, você conquistou a morte. Se você estiver realmente consciente que pode abandoná-lo com um
simples passo. Se você não estiver tão consciente você terá que abandoná-lo gradualmente. Isso depende de você.

Mas uma coisa é certa: o ego tem que ser abandonado. Com o desaparecimento do ego, a morte desaparece. Com o abandono do ego, a morte também é abandonada.

Não lamente pela pessoa que está morrendo, lamente por você mesmo. Deixe que a morte lhe cerque. Sinta o gosto dela. Sinta-se desamparado, impotente. Quem está se sentindo desamparado e quem está se sentindo impotente? O ego, porque você percebe que não pode fazer coisa alguma. Você gostaria de ajudá-la e você não pode.
Você gostaria que ela sobrevivesse, mas nada pode ser feito.

Sinta essa impotência tão profundamente quanto possível e desse desamparo, uma certa consciência, uma devoção e uma meditação surgirão. Use a morte da pessoa; é uma oportunidade. Use tudo como uma oportunidade.

Fique do lado disso. Sente-se silenciosamente e medite. Deixe que a morte deles seja uma indicação para você, para que você não prossiga desperdiçando sua vida. O mesmo vai acontecer com você.

Osho

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